terça-feira, 13 de novembro de 2007

Políticas Públicas. O que é isto?


Assista ao filme "Quanto Vale ou é por quilo?" Ele retrata a questão das políticas públicas relacionadas aos negros.Conta como foi no passado, na época da escravidão e como as coisas são manipuladas na atualidade.Mostra a inércia social em que vivemos e o sistema mercadológico com base na pobreza.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O Impacto do Desenvolvimento dos Meios de Comunicação na nossa Sociedade

Marcos N. dos Santos
Graduando em Licenciatura em Física pela UFBA

.


Resumo: Este artigo analisa os efeitos e as mudanças sobre as relações sociais com o desenvolvimento e popularização das tecnologias de comunicação. Ao mesmo tempo examina os relacionamentos entre os indivíduos inseridos em uma sociedade em que o tempo para os encontros está cada vez mais escasso e perdendo espaço para os bate-papos virtuais. Como suporte a esta investigação, buscou-se na literatura conceitos e características dos ambientes em que as pessoas estão mergulhadas. Investigou-se também se a disseminação das tecnologias de informação afeta diretamente a questão afetiva do indivíduo.


Palavras-Chaves: 1.internet, 2.relacionamento, 3.comunicação, 4.interação


Introdução

Antes da era da internet, dos ciberespaços, antes mesmo do desenvolvimento do telefone, as pessoas ao se relacionarem umas com as outras necessariamente tinham o contato visual, presencial. Haviam trocas de olhares, afetividade. Com a invensão do telefone, houve a possibilidade dos relacionamentos, das trocas de idéais e das conversas serem feitas sem necessariamente ter o contato pessoal. O crescente mercado de trabalho, a correria do dia-dia e a escassez de tempo cada vez maior das pessoas nos grandes centros urbanos levou ao distanciamento pessoal, ao medo de se expor. Com o advento da internet, veio os chats, os e-mails, as comunicações instantâneas e as comunidades virtuais como o Orkut, blogs, fotologs,portais especializados. Porém, segundo MENDONÇA, tal fato também possibilitou o aumento de interação, através destes recursos. Mas o que se questiona aqui, é o fato de não haver a interatividade, o contato pessoal.O filme "Denise está chamando" trata bem esta questão da dificuldade que as pessoas têm para estabeler relações.
Quem também coloca esta questão é Carlos Holbein em seu texto:"o filme denuncia a nossa indelével dificuldade de estabelecer “relações”. Relações reais, não as virtuais que proliferam na Internet ou na cabecinha de jovens que adotaram o lema “ficar com”... No filme, o que se observa é o perverso pacto do jogo do “faz-de-conta”, disseminado cinicamente pelos protagonistas da história. Os personagens bem que ensaiam o definitivo “encontro”. Contudo, ele nunca se realiza por conta das dificuldades de cada um."
Uma coisa que precisa ser analisada é quão afetada está a relação entre as pessoas, a relação homem-mulher, e a questão sexual. Entramos num mundo totalmente informatizado, onde as pessoas, sentadas a maior parte do tempo diante de computadores, refugiam-se em si mesmas, fugindo ao máximo dos possíveis encontros sociais. Apenas se comunicam pelo telefone, conectadas via internet em redes que, no entanto, crescem continuamente.A questão dos relacionamentos virtuais mostra o isolamento das pessoas em seu mundo de faz de conta.
Há pessoas que não têm medo do contato, da relação pessoal. No filme em questão, a protagonista Denise é uma pessoa que não tem receio em conhecer as pessoas, ela busca o contato humano, gosta de um círculo de amigos. Mas estas relaçoes sociais eletrônicas, paradoxalmente, segundo Cynthia Harumy Watanabe Corrêa em seu artigo, ampliou as relaçoes humanas, há uma crescente busca na rede no intuito das pessoas se integrarem em busca de sua identidade, num ambiente de cibercultura. Isto vem sendo construído através das comunidades virtuais.
Segundo Lemos (2003, p.01), a definição de cibercultura pode ser compreendida como a forma sociocultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônica que surgiram com com a convergência das telecomunicaçoes com a informática na década de 70. Analisando a sociedade de antigamente, quando uma notícia era recebidas tempos depois de seu acontecimento, seria possível esta sociedade em que estamos viver sem a tv, sem os podcasts, sem os ambientes de interações virtuais?
Na área da educação estamos inserindo cada vez mais as tecnologias conteporâneas. Porém, isto não vem ocorrendo na mesma velocidade e atuação que em outras áreas. Segundo FILHO (2007),
Creio que o nível de desenvolvimento de nossa sociedade não permitiria retroceder nível de comunicação em que estamos. Com isso, pergunta-se que políticas públicas deveriam ser implementadas no sentido de alcançar a toda sociedade? Segundo GARCEZ (2007, p.01), se a comunicação constrói a cidadania, ela deveria ser tratada como outras áreas da atividade humana que são regidas por políticas públicas definidoras de objetivos e metas e reguladoras do papel dos agentes envolvidos em cada processo. É assim na saúde, na educação, no transporte e em outras áreas. A informação que salva vidas, porém, não é reconhecida como um direito de todos.
Neste processo todo,pode-se talvez afirmar que este avanço nas comunicações veio acentuar a dificuldade que uma parcela da população já apresentava nos relacionamentos.



Referências

- Denise está chamando.(1995).Hal Salwen

- GARCEZ, José Roberto. O direito à comunicação: necessidade de uma
política pública para promover a inclusão social. 2002.

- http://pt.wikipedia.org/

- Interação e Mudanças na Comunicação: o papel da internet na sociedade.MENDONÇA, Marina Alves de, FEITOSA, Luiz Tadeu. http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/biblio/article/view/1494/1155

- FILHO, João Mendes.INCLUSÃO DIGITAL - UM SONHO DISTANTE OU UMA REALIDADE?

- LEMOS, André. Agregações Eletrônicas ou Comunidades Virtuais? Análise das listas Facom e Cibercultura. [S.l.], 2002a. Disponível em: http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/agregacao.htm

- LEMOS, André. Olhares sobre a Cibercultura. Sulina, Porto Alegre, 2003.

-http://www.blogger.com/www.poltronaespecial.pro.br/dezembro.htm

terça-feira, 6 de novembro de 2007

"Como sobrevivemos sem a Internet."

Como foi possível viver sem celulares, sem computadores?
Naquela época, uns 20 anos atrás vivi sem estes recursos e no entanto não sentia falta de nada.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Hipertextualidade e Interatividade

O que dizem...
Lemos


    André Lemos

    Doutor em sociologia pela Universidade Paris V/Sorbonne, professor da Faculdade de Comunicação da UFBA, diretor do Centro de Estudos e Pesquisa em Cibercultura, atual presidente da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação do Brasil/COMPÓS.


    "Ação dialógica entre homem e técnica. Nova forma de interação técnica, de característica eletrônico-digital, difere da analógica. A interação homem-técnica é uma atividade tecno-social. A relação deixa de ser passiva ou representativa, passando a ser ativa e permitindo inclusive a relação inteligente entre máquinas inteligentes sem a mediação humana."

    SITE:
    http://www.facom.ufba.br/hipertexto/
    http://www.icoletiva.com.br/icoletiva/secao.asp?tipo=entrevistas&id=43
    http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/lemos/artigos.html
    http://ctjovem.mct.gov.br/index.php?action=/content/view&cod_objeto=9680

Levy



    Pierre Levy

    " O hipertexto é um conjunto de nós por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos ou parte de gráficos, sequências sonoras, documentos complexos, que eles mesmos podem ser hipertextos. Navegar em um hipertexto significa portanto, desenhar um percurso em uma rede que pode ser tão complicada quanto possível. Porque cada nó pode por sua vez, conter uma rede interna. (Levy,1993, p.33)"

    "Interatividade é a disponibilização consciente, a fim de promover mais e melhores interações, admitindo interrupções e reorientações do fluxo informacional em tempo real."

    LIVROS:

    As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. 1. ed. Lisboa: Instituto Piaget, 1992. 263 p.
    As árvores de conhecimentos. São Paulo: Escuta, 1995. 188 p. (em co-autoria com Michel Authier)
    O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996. 160 p.
    A máquina universo: criação, cognição e cultura informática. São Paulo: ARTMED, 1998. 173 p.
    Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. 260 p.
    A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2000. 212 p.
    A Conexão Planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo: Editora 34, 2001. 189 p.

    SITES:

    http://www.novae.inf.br/nomes/pierrelevy.htm
    http://www.novae.inf.br/exclusivas/pierrelevy.htm
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_L%C3%A9vy
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u859.shtml

Ramal



    Andréa Cecília Ramal


    Doutora em Educação - PUC-RJ

    Pesquisadora do Centro Pedagógico Pedro Arrupe

    “Acredito na possibilidade de que o hipertexto contemporâneo – construído na soma de muitas mãos, e aberto para todos os links e sentidos possíveis - seja uma versão dessa polifonia que Bakhtin procurava; e na escola, uma possibilidade para construir uma sala de aula aberta à pluralidade de vozes, à construção coletiva, à partilha das interpretações, à democracia da palavra.”

    "Creio que o computador vai substituir o professor. Estou falando, é claro, do professor-transmissor de conteúdos, parado no tempo, aquele das conhecidas fichas que serviam para todas as turmas, ano após ano. Aquele que pensava que, mesmo apresentando as coisas de maneira maçante e tradicional, trazia novidades para pessoas que não sabiam quase nada. Essa transmissão de dados passará a ser feita pelo computador de um modo muito mais interessante: com recursos de animação, cores e sons; o aluno terá papel ativo, buscando os temas em que deseja se aprofundar. Algo excluído há muito tempo do currículo entrará na escola: a própria vida do estudante. Então caberá a nós reinventar a nossa profissão."

    Livros:
    RAMAL, Andrea Cecília.História de gente que ensina e aprende. EDUSC:São Paulo, 1999.
    RAMAL. Andrea Cecília. Educação na Cibercultura. Artmed: São Paulo, 2002.

    Sites:
    http://www.idprojetoseducacionais.com.br/artigos/Avaliar_na_Cibercultura.pdf
    http://www.idprojetoseducacionais.com.br/artigos/professor_proximo_milenio.pdf
    http://www.idprojetoseducacionais.com.br/artigos/Ler_e_escrever_na_cultura_digital.pd

Silvaft



    Marco Silva

    "O hipertexto se apresenta então como novo paradigma tecnológico que liberta o usuário da lógica unívoca, da lógica da distribuição, próprias do sistema mass-mídia predominante no séc.XX. ele permite a reinvenção da própria natureza e materialidade das velhas tecnologia informacionais em novas tecnologias informatizadas convencionais. Ele democratiza a relação do indivíduo com a informação, permitindo que este ultrapasse a condição de consumidor, de espectador passivo, para a condição de sujeito operativo, participativo e criativo.pode-se dizer que o hipertexto é o grande divisor de águas entre a comunicação massiva e a comunicação interativa. É essencialmente um sistema interativo e materializado no chip, ele faz deste o ícone por excelência da complexidade em nosso tempo."

    "Na era da interatividade ocorre a transição da lógica da distribuição (transmissão) para a lógica da comunicação (interatividade). Isto significa modificação radical no esquema clássico da informação baseado na ligação unilateral emissor-mensagem-receptor.O emissor não emite mais no sentido que se entende habitualmente, uma mensagem fechada, ele oferece um leque de elementos e possibilidades à manipulação do receptor. A mensagem não é mais “emitida”, não é mais um mundo fechado, paralisado, imutável, intocável, sagrado, ela é um mundo aberto, modificável na medida que responde às solicitações daquele que a consulta. O receptor não está mais em posição de recepção clássica, ele é convidado à livre criação e a mensagem ganha sentido sob sua intervenção."

    Livros:
    SILVA, Marco. Educação Online,2003.
    SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro. Quartet Editora, 2000

    Site:
    http://www.saladeaulainterativa.pro.br/
    http://www.senac.br/informativo/BTS/272/boltec272e.htm
    http://www.icoletiva.com.br/icoletiva/secao.asp?tipo=entrevistas&id=40
    http://www2.uerj.br/~emquest/emquestao08/aulainterativa.htm
    E-mail: marco@msm.com.br.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Os relacionamentos e a afetividade por um fio.

É com base no tema do filme "Denise está chamando" que me proponho a escrever sobre a questão do relacionamento entre as pessoas nos grandes centros urbanos, seja no período pré-internet e no pleno desenvolvimento da internet.


Artigo

    Antes da era da internet, dos ciberespaços, antes mesmo do desenvolvimento do telefone, as pessoas ao se relacionarem umas com as outras necessariamente tinham o contato visual, presencial. Havia trocas de olhares, afetividades. Com a invensão do telefone ouve a possibilidade dos relacionamentos, das trocas de idéais e das conversas serem feitas sem necessariamente ter o contato pessoal. O crescente mercado de trabalho, a correria do dia-dia e a escassez de tempo cada vez maior das pessoas nos grandes centros urbanos levou ao distanciamento pessoal, ao medo de se expor. Com o advento da internet, veio os chats, os e-mails, as comunicações instantâneas e as comunidades virtuais como o Orkut. O filme "Denise está chamando" trata bem esta questão da dificuldade que as pessoas têm para estabeler relações.
    Quem também coloca esta questão é Carlos Holbein em seu texto:"o filme denuncia a nossa indelével dificuldade de estabelecer “relações”. Relações reais, não as virtuais que proliferam na Internet ou na cabecinha de jovens que adotaram o lema “ficar com”... No filme, o que se observa é o perverso pacto do jogo do “faz-de-conta”, disseminado cinicamente pelos protagonistas da história. Os personagens bem que ensaiam o definitivo “encontro”. Contudo, ele nunca se realiza por conta das dificuldades de cada um."

    Uma coisa que precisa ser analisada é quão afetado está a relação entre as pesoas, a relação homem-mulher, e a questão sexual. Entramos num mundo totalmente informatizado, onde as pessoas, sentadas a maior parte do tempo diante de computadores, refugiam-se em si mesmas, fugindo ao máximo dos possíveis encontros sociais. Apenas se comunicam pelo telefone, conectadas via internet em redes que, no entanto, crescem continuamente.A questão dos relacionamentos virtuais mostra o isolamento das pesoas em seu mundo de faz de conta.
    Há pessoas que não têm medo do contato, da relação pessoal. No filme em questão, a protagonista Denise é uma pessoa que não tem receio em conhecer as pessoas, ela busca o contato humano, gosta de um círculo de amigos. Mas estas relações sociais eletrônicas, paradoxalmente, segundo Cynthia Harumy Watanabe Corrêa em seu artigo, ampliou as relaçoes humanas, há uma crescente busca na rede no intuito das pessoas se integrarem em busca de sua identidade, num ambiente de cibercultura. Isto vem sendo construído através das comunidades virtuais.

    Segundo Lemos (2003, p.01), a definição de cibercultura pode ser compreendida como a forma sociocultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônica que surgiram com com a convergência das teçlecomunicaçoes com a informática na década de 70.


    Referências

    - Denise está chamando.(1995).

    - http://pt.wikipedia.org

    - www.poltronaespecial.pro.br/dezembro.htm

    - LEMOS, André. Agregações Eletrônicas ou Comunidades Virtuais? Análise das listas Facom e Cibercultura. [S.l.], 2002a. Disponível em: http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/agregacao.htm. Acesso em: 8 fev. 2003.

    - LEMOS, André. Olhares sobre a Cibercultura. Sulina, Porto Alegre, 2003.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Tópicos implícitos no Filme

Internet

    Internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados pelo Protocolo de Internet que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. A Internet é a principal das novas tecnologias de informação e comunicação (NTICs). Ao contrário do que normalmente se pensa, Internet não é sinónimo de World Wide Web. Esta é parte daquela, sendo a World Wide Web, que utiliza hipermídia na formação básica, um dos muitos serviços oferecidos na Internet. De acordo com dados de março de 2007, a Internet é usada por 16,9% da população mundial (em torno de 1,1 bilhão de pessoas).



Ciberespaços

    Ciberespaço é o espaço das comunicações por rede de computador. Sua comunicação acontece de forma virtual. Faz uso dos meios de comunicação modernos, destacando-se entre eles a Internet. Esse fenômeno se deve ao fato de, nos meios de comunicação modernos, existir a possiblidade de pessoas e equipamentos trocarem informações das mais variadas formas sem preocupações. Também conhecido como Cyberespaço, termo muito comum na ficção científica, possui variações para vários outras denominações referente à Internet, Cyberpoeta, Cyberpunk e outros mais.

    Origem

    O termo "cyberespaço" (uma junção de cibernético com espaço) foi projetado por um escritor canadense de ficção científica William Gibson, em 1984 no seu livro Neuromancer. Pierre Lévy coloca o ciberespaço como uma grande rede interconectada mundialmente, com um processo de comunicação "universal" sem "totalidade". A "universalidade" sem "totalidade" segue uma linha interativa de comunicação, possibilitando a "todos" navegantes da grande uma "rede" participarem democraticamente desse modelo interativo de "todos para todos". Desse modo, a idéia de uma "aldeia global" profetizada por Mcluhan na década de 60 se consolida, e o ciberespaço dissemina uma nova cultura pelo globo a cibercultura.



Telefone

    O telefone é um dispositivo de telecomunicações desenhado para transmitir sons por meio de sinais eléctricos.
    O dispositivo foi inventado por volta de 1860 por Antonio Meucci que o chamou teletrofone, como reconheceu o Congresso dos Estados Unidos na resolução 269, de 15 de junho de 2002. Há muita controvérsia sobre a invenção do telefone, sendo esta geralmente atribuída a Alexander Graham Bell. A primeira demonstração pública registrada da invenção de Meucci teve lugar em 1860, e teve sua descrição publicada num jornal de língua italiana de Nova Iorque.
    É definido como um aparelho eletroacústico que permite a transformação, no ponto transmissor, de energia acústica em energia elétrica e, no ponto receptor, teremos a transformação da energia elétrica em acústica, permitindo desta forma a troca de informações entre dois ou mais assinantes. É lógico que, para haver êxito nessa comunicação, os aparelhos necessitam estar ligados a vários equipamentos, que formam uma central telefônica.
    Tipos
    Há categorias distintas de aparelhos telefônicos, dependendo da tecnologia utilizada.

    * O telefone analógico transporta apenas transmissões de voz e frequências de sinalização.
    * O telefone sem fio utiliza radiofrequências de curto alcance para transmissão da voz para uma base que faz a conversão para o meio analógico ou digital.
    * O telefone digital acrescenta uma camada para a transmissão de dados A camada de dados permite o tráfego de informações sobre a ligação em curso ou enviar informações para interagir com um Pabx, por exemplo.
    * O telefone "voip" utiliza o protocolo TCP/IP e conexões da Internet para transmissão e recepção de voz e dados digitalizados (transformados em pacotes de dados). Telefones analógicos tambem podem utilizar a tecnologia Voip, desde que o Pabx a que estão conectados tenha gateways (conversores voz/ip) apropriados.
    * O telefone celular ou telemóvel
    * O telefone público
    * O telefone de lata também é muito utilizado por crianças encantadas com o poder da ciência simples.


Computador

    Denomina-se computador uma máquina capaz de variados tipos de tratamento automático de informações ou processamento de dados. O computador é o elemento fundamental da Ciência da Computação, também descrita corriqueiramente como informática. Exemplos de computadores incluem o ábaco, a calculadora, o computador analógico e o computador digital. Um computador pode prover-se de inúmeros atributos, dentre eles armazenamento de dados, processamento de dados, cálculo em grande escala, desenho industrial, tratamento de imagens gráficas, realidade virtual, entretenimento e cultura.

    No passado, o termo já foi aplicado a pessoas responsáveis por algum cálculo. Em geral, entende-se por computador um sistema físico que realiza algum tipo de computação. Existe ainda o conceito matemático rigoroso, utilizado na teoria da computação.

    Assumiu-se que os computadores pessoais e laptops são ícones da Era da Informação; e isto é o que muitas pessoas consideram como "computador". Entretanto, atualmente as formas mais comuns de computador em uso são os sistemas embarcados, pequenos dispositivos usados para controlar outros dispositivos, como robôs, câmeras digitais ou brinquedos.


Chats

E-mail

    E-mail, correio-e, ou correio eletrônico (em Portugal, correio electrónico), ou ainda email é um método que permite compor, enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de comunicação. O termo e-mail é aplicado tanto aos sistemas que utilizam a Internet e são baseados no protocolo SMTP, como aqueles sistemas conhecidos como intranets, que permitem a troca de mensagens dentro de uma empresa ou organização e são, normalmente, baseados em protocolos proprietários.


    História


    O correio eletrônico é anterior ao surgimento da Internet. Os sistemas de e-mail foram uma ferramenta crucial para a criação da rede internacional de computadores.


    O primeiro sistema de troca de mensagens entre computadores que se tem notícia foi criado em 1965, e possibilitava a comunicação entre os múltiplos usuários de um computador do tipo mainframe. Apesar da história ser um tanto obscura, acredita-se que os primeiros sistemas criados com tal funcionalidade foram o Q32 da SDC e o CTSS do MIT.


    O sistema eletrônico de mensagens transformou-se rapidamente em um "e-mail em rede", permitindo que usuários situados em diferentes computadores trocassem mensagens. Também não é muito claro qual foi o primeiro sistema que suportou o e-mail em rede. O sistema AUTODIN, em 1966, parece ter sido o primeiro a permitir que mensagens eletrônicas fossem transferidas entre computadores diferentes, mas é possível que o sistema SAGE tivesse a mesma funcionalidade algum tempo antes.


    A rede de computadores ARPANET fez uma grande contribuição para a evolução do e-mail. Existe um relato que indica a transferência de mensagens eletrônicas entre diferentes sistemas situados nesta rede logo após a sua criação, em 1969. O programador Ray Tomlinson iniciou o uso do sinal @ para separar os nomes do usuário e da máquina no endereço de correio eletrônico em 1971. Considerar que ele foi o "inventor" do e-mail é um exagero, apesar da importância dos seus programas de email: SNDMSG e READMAIL. A primeira mensagem enviada por Ray Tomlinson não foi preservada; era uma mensagem anunciando a disponibilidade de um e-mail em rede .


terça-feira, 23 de outubro de 2007

Mostra do Vídeo: Denise está chamando

http://www.poltronaespecial.pro.br/dezembro.htmlEste filme, produzido nos Estados Unidos em 1995, é uma divertida sátira que fala sobre o modo como as pessoas dos grandes centros urbanos se relacionam num mundo onde a tecnologia faz parte do cotidiano. O filme gira em torno de um grupo de pessoas que sempre conversam por telefone, trocam sentimenos, mas que nunca têm tempo para se encontrarem. Cercados de fax, telefones e computadores por todos os lados, eles vivem e se relacionam unicamente através destes aparatos eletrônicos.
Linda queria dar uma festa e chamou os amigos. Mas eles não foram. Gale, a ex-namorada de Frank, queria promover um encontro entre sua amiga Barbara e Jerry. Mas nenhum dos dois apareceu. Denise (Alanna Ubach) telefona para Martin, a quem não conhece mas de quem vai ter um filho graças a uma inseminação artificial. Entre um telefonema e outro, um grupo de amigos leva uma vida típica dos tempos modernos nos grandes centros urbanos. Sempre muito ocupados trabalhando em seus computadores, eles só se falam por telefone e jamais se encontram - nem mesmo diante de uma tragédia. tetse
Diretor Hal Salwen
Roteiro Harold Salwen
Fotografia Harold Salwen
Montagem Edil Giguere
Música Lynn Geller
Elenco Tim Daly, Caroleen Feeney, Dan Guther, Aida Turturro
Produtora Davis Entertaiment
Trailer

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Continuando a produção do Hipertexto

Com a leitura dos textos do site facom.ufba.br trabalharemos a produção de um hipertexto.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Segunda Visita ao Estúdio da Rádio FACED

Desta vez tivemos a chance de conhecer melhor a edição de áudio com o Audacity com a orientação de Fabrício.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Hipertexto

Criando um Hipertexto a partir do trecho do texto retirado do livro da Professora Bonilla.

"O hipertexto constitui-se a partir da retomada e transformação de elementos de outras mídias, estando nele a dimensão audiovisual - palavras, imagens, gráficos, sons, movimentos.Estes elementos, associados, dão ao documento um aspecto dinâmico e de multimídia."

Bonilla, 2005,p.137

terça-feira, 9 de outubro de 2007

De Anísio Teixeira à Cibercultura:

Desafios para a Formação de
Professores Ontem, Hoje e Amanhã

(Aula não presencial)

Marco Silva*

Este texto fala bem sobre a importância que deve ser dada á Educação frente ao desenvolvimento dos meios de comunicação.A Educação não deve ficar alheia à estas transformações.Inserido nisto, o educador deve romper com o tradicional, ou ao menos transformá-lo a luz dos desenvolvimentos educacionais.O que posso tirar desta leitura é que há um descompasso entre o potencial dos recursos didáticos disponíveis e a formação dos educandos e educadores, o que está longe da formação vislumbrada por Anísio Teixeira no seu tempo.
O Ciberespaço e consequentimente sua cibercultura, a meu ver, traz uma certa intimidação ao professor porque de certo modo lhe tiraria o poder que tem numa aula tradicional.Até mesmo a formação que é dada ao educador hoje, não o prepara para enfrentar o coletivo, o multiconectado.

Leia o Texto Completo...Ou acesse senac.br

    FORMAÇÃO DE PROFESSOR

    De Anísio Teixeira à Cibercultura:
    Desafios para a Formação de
    Professores Ontem, Hoje e Amanhã

    Marco Silva*



    Abstract

    Although geared to present-day reality, this text recovers a concern already expressed by Anísio Teixeira in 1963: the worldwide revolution in means of communication cannot be ignored in training “tomorrow’s teachers.” Just when we were beginning to understand television as an indispensable pedagogical resource, as Anísio Teixeira would have it, the Internet comes along, and we end up having difficulties taking the necessary steps to improve cyberculture education. Based on the utopianism and daring of this always up-to-date educator, the article discusses the implications of cyberculture in producing the qualitative leap in the training of teachers for today and tomorrow.

    Key words: Anísio Teixiera; Teachers’ Training; Cyberculture; Education For Citizenship.



    Introdução

    No texto Mestres de amanhã1 Anísio Teixeira resume sua inquietação com a formação de professores em seu tempo e em seu amanhã. Num tom meio profético, antevê desafios cada vez mais cruciais a partir do seu tempo, quando se inicia o vertiginoso alastramento mundial dos meios de comunicação, da propaganda, do consumismo, do entretenimento.
    Nesse texto está a expressão de uma preocupação hoje muito generalizada, porém pouco concretizada em investimentos diretos na formação do professor. Essa preocupação pode ser explicitada assim: a educação para todos não pode ficar alheia à revolução das ciências e dos meios de comunicação de massa; a formação dos mestres de amanhã precisaria romper com a pregnância do tradicional, engajando-se no enfrentamento dos descaminhos da cultura tecnológica e consumista e na apropriação do pensamento científico e dos meios de comunicação, de modo a dominá-los e a servir-se deles, assegurando a todos a educação capaz de enriquecer a vida no planeta.

    Todavia, estamos hoje ainda mais distantes da formação vislumbrada por Anísio em sua modernidade. Mal nos aproximávamos do aprendizado com a TV como recurso didático, temos agora a internet e a pós-modernidade fazendo nossas pernas ficarem mais curtas diante do passo que precisaremos dar em educação na cibercultura.

    Anísio2 convocava o professor a superar seus mais caros preconceitos para fazer frente à complexidade social que se descortinava em seu tempo. Ele observava o avanço da mídia globalizando o homem comum ainda despreparado, em sua cultura local, para a avalanche de informações trazida de todo o mundo. A comunicação de massa estendia-se por todo o planeta e era preciso criar estratégias educacionais muito sensíveis ao fato de que “subitamente o homem comum não é apenas o habitante de sua rua, sua cidade, seu Estado, sua nação, mas literalmente de todo o planeta e participante de uma cultura não apenas local e nacional, mas mundial”.3Anísio4 dimensionava “o grau de cultivo mental” necessário ao cidadão preparado para não sucumbir à avalanche de informação vinda de todo o mundo, “a fim de compreendê-la e absorvê-la com o mesmo sentido de integração com que recebia a comunicação local e pessoal do seu período paroquial de vida”.

    Anísio apontava para a defasagem dos professores ainda distantes do perfil necessário à nova formação dos estudantes e enfatizava: “ainda não fizemos em educação o que deveria ser feito para preparar o homem para a época que ele criou e para a qual foi arrastado”.5 Era preciso formar professores capazes de lidar com a complexidade e a amplitude do seu tempo de modo a conduzi-lo e submetê-lo a uma nova ordem humana. Era preciso preparar as novas gerações para lidarem com a mídia de massa capaz de “condicionar mentalmente o indivíduo, transformando-o em joguete das forças de propaganda e algo de passivo no campo da recreação e do prazer.”6

    O professor não estava sendo preparado para atuar na “nova fase da civilização industrial”.7 Não estava sendo preparado para oferecer uma educação à altura do seu tempo. Pior, estava alheio às implicações educacionais diante da exigência de “compreensão mais delicada do valor, do significado e das circunstâncias em que a nova comunicação lhe é feita”.8

    Este texto mantém o enfoque na formação de professores, porém preocupa-se mais ainda diante da constatação: o professor não se preparou para lidar com a televisão e com a cultura de massa e agora tem um cenário de maior complexidade para o qual não criou know-how quando a mídia de massa era inocente, se comparada à atual mídia digital on-line. A par do novo contexto cibercultural, sugere encaminhamentos para efetivo avanço em qualidade e ousadia na formação dos mestres de hoje e de amanhã.

    SUGESTÕES AOS MESTRES DE AMANHÃ

    Tomo o texto Mestres de amanhã9 com muito respeito à lucidez do seu ponto de vista crítico traduzido em efetiva contribuição à formação de professores. Nele, Anísio procura antever “o que poderá ser o mestre dos dias vindouros”, priorizando sobretudo o mestre do ensino comum destinado a todos, o mestre da escola primária e da secundária, uma vez que esse mestre “está em crise e se vê mais profundamente atingido e compelido a mudar” diante dos desafios da modernidade.

    Anísio10 atentava para a defasagem do professor aturdido em meio às transformações operadas nos grandes empreendimentos que dirigem a informação e as diversões modernas: a imprensa, o cinema, o rádio e a televisão assumindo enorme extensão e poder a ponto de determinar corações e mentes, mesmo alargando os horizontes da aldeia local para o global. Reconhecia que o esforço pela educação do homem não ultrapassava os objetivos de prepará-lo para “uma sociedade muito mais singela do que a sociedade moderna”. E tinha muito claro que a educação capaz de fazer frente ao seu tempo ainda estava para ser concebida e planejada, que o mestre capaz de educar verdadeiramente deveria ser dotado de cultura e “treino” que apenas começavam a ser imaginados.

    Tratava-se então de preparar mestres capazes de enfrentar os recursos midiáticos baseados na propaganda e na diversão comercializada implicando condicionamento político e ideológico do homem. Até então, a formação do professor o preparava para ser “o guardião e transmissor da cultura. Tanto quanto possível era ele o transmissor de uma cultura cuja significação e limites conhecia e, sobretudo, era o mais importante transmissor dessa cultura, estando em seu poder comandar até certo ponto a formação do educando.”11 Doravante, o mestre deveria se preparar para lidar com a cultura intrinsecamente dinâmica, com a vida que exige delicados e constantes reajustamentos.

    O perfil clássico do mestre estaria cada vez mais em crise. Com a expansão dos meios de comunicação, ele estaria perdendo o antigo poder de guardião e transmissor do saber, passando a ser apenas um contribuinte para a formação do aluno, que recebe, em relativa desordem, por esses novos meios de comunicação, imprensa, rádio e televisão, massa incrível de informações e sugestões provenientes de uma civilização agitada por extrema difusão cultural e em acelerado estado de mudança.12

    A destruição de costumes, hábitos e de velhas crenças e preconceitos faz Anísio13 perguntar: “quanto vai o homem depender de sua cultura formal e consciente, de seu conhecimento intelectual, simbólico e indireto, para se conduzir dentro da nova e desmesurada amplitude de sua vida pessoal”. Sua resposta passava antes pela constatação: “São, portanto, de assustar as responsabilidades que aguardam o mestre de amanhã.”14

    Como estar além do guardião e transmissor da cultura? Como educar o “homem comum” para não sucumbir à excessividade caótica dos meios de comunicação? Anísio15 enfatiza:

    Será imensa a tarefa do professor secundário e grande deve ser o preparo, para que possa conduzir o jovem nessa tentativa de dar à sua cultura básica a largueza, a segurança e a perspectiva de uma visão global do esforço do homem sobre a terra.

    As sugestões de como fazer, Anísio16 as reúne a partir do que considera mais avançado na ocasião. Cita a comprehensive school americana e o colégio universitário de Keele, Inglaterra, mas vai além do que destaca em tais instituições.

    ¤ Expor aos estudantes uma diversidade de abordagens sobre conteúdos de aprendizagem e convidá-los a apreciar, sentir, rever, discutir, motivando a análise e a humildade diante dos conhecimentos já sistematizados e dos problemas que defrontam a civilização ocidental na nova era industrial e midiática. A sala de aula “lembrará muito mais um laboratório, uma oficina, uma estação de televisão, do que a escola de ontem e ainda de hoje”.17 E o mestre não será “o antigo mestre-escola a repetir nas classes um saber já superado”. Ele “lembrará muito mais o bibliotecário apaixonado pela sua biblioteca, o conservador de museu apaixonado por seu museu, e no sentido mais moderno, o escritor de rádio, de cinema ou de televisão apaixonados pelos seus assuntos, o planejador de exposições científicas”.18

    ¤ Lançar mão de equipamentos e de meios de comunicação e oferecer a cada jovem, antes de terminar o nível secundário de estudos um quadro da cultura contemporânea, desde os seus primórdios até os problemas e complexidades dos dias presentes. Oferecer a contribuição excelente de professores especializados “através dos recursos da televisão, do cinema e do disco, podendo levar todos os jovens a ver e ouvir, ou, pelo menos, a ouvir, esses especialistas e, a seguir, com o professor da Classe, desdobrar, discutir e completar as lições que grandes mestres desse modo lhe tenham oferecido”.19 “O mestre seria algo como um operador dos recursos tecnológicos modernos para a apresentação e o estudo da cultura moderna”.20 Em suma, estando o mestre “rodeado e envolvido pelo equipamento e pela tecnologia produzida pela ciência, não lhe seria difícil ensinar o método e a disciplina intelectual do saber que tudo isso produziu e continua a produzir.”21

    Estas sugestões deveriam ser “o programa de educação comum do homem moderno”. No entanto, Anísio22 advertia: “nossa tarefa é hoje muito mais difícil”. Havia a dificuldade de fazer chegar essa educação a todos, ao homem comum. Havia também a dificuldade diante da reviravolta que se operava com a transição da “cultura clássica” para a “cultura científica moderna”. Suas sugestões visavam, portanto, enfrentar a dificuldade da inclusão do homem comum na educação moderna e a dificuldade de desenvolver a educação capaz de lidar com a passagem da “cultura clássica” para a “complexa, variada e, sob muitos aspectos, abstrusa cultura científica moderna”, sem perder o compromisso com a formação cidadã, isto é, a formação capaz de desenvolver no indivíduo uma visão de mundo criticamente sintonizada com sua atualidade.

    Para colocar em prática tais sugestões, Anísio convidava os “mestres de amanhã” a uma indagação oportuna e valiosa: “O que haverá já hoje que nos possa sugerir o que poderá ser a escola de amanhã?”.23 E, tendo como resposta os meios de comunicação, os mestres deveriam assumir o rádio, o cinema e a televisão como seus grandes aliados. Sobre isso a convicção de Anísio era explícita: “Diante dos novos recursos tecnológicos, ouso crer ser possível a completa reformulação dos objetivos da cultura elementar e secundária do homem de hoje e, em conseqüência, de alterar a formação do mestre para essa sua nova tarefa”.24

    E para instigar nos “mestres de amanhã” tal inquietação, ele25 os convidava a reparar nos profissionais da mídia que, compelidos pelo espírito de competição, “se empenharam em se pôr à altura dos recursos tecnológicos e do grau de expansão da cultura moderna”.26 A partir dessa provocação, os convidava a imaginar assim: “Algo de semelhante será o que irá suceder com a escola, com a classe e com o professor”.27 Certamente não no mesmo espírito de competição, mas na busca de ousar em educação.

    O mestre lançaria mão dos “novos recursos tecnológicos e dos meios audiovisuais” não para transmitir conteúdos, ao contrário, buscaria neles rompimento com a pedagogia da transmissão. Ou seja, rádio, cinema e televisão “irão transformar o mestre no estimulador e assessor do estudante”.28 De “guardião e transmissor da cultura”, o mestre seria transformado, graças à parceria com as tecnologias de comunicação, em “guia de aprendizagem” e em “orientador em meio às dificuldades da aquisição das estruturas e modos de pensar fundamentais da cultura contemporânea”.29 Em lugar de transmitir pacotes de informações em sala de aula, o mestre, a par da dinâmica do conhecimento em permanente expansão, poderia “ensinar ao jovem aprendiz a aprender os métodos de pensar das ciências físico-matemáticas, biológicas e sociais, a fim de habilitá-lo a fazer de toda a sua vida uma vida de instrução e de estudos”. Em suma: com as tecnologias de comunicação mestres e estudantes estariam mais empenhados em “descobrir, em aumentar o saber, do que no próprio saber existente propriamente dito”.30

    O PROFÉTICO E O PATÉTICO

    Anísio31 antecipou inquietações que pouco chegaram ao que ele chamava de “educação comum do homem comum”. Sua antevisão, quando motivou os corações e mentes dos educadores, pouco logrou significar efetivo salto de qualidade em sala de aula. Ainda assim, seu texto mantém um desconcertante tom profético na medida em que denuncia algo muito ignorado na formação de professores: a educação escolar perde centralidade para a mídia definida pela propaganda, pelo entretenimento, transportando ao mesmo tempo senso e contra-senso; a pedagogia da transmissão não tem lugar quando tudo o que é sólido cada vez mais se desmancha na excessividade caótica das informações fragmentadas nos interesses mercadológicos.

    Dizendo assim, antecipou inquietações que só vieram tomar vulto a partir da década de 1980 com a efervescência em torno do que passa, então, a se definir como teoria social pós-moderna. Aí estão pesquisadores da pós-modernidade formulando inquietações que dão continuidade às de Anísio. Pode-se falar então num Anísio profético, no sentido da predição feita por indivíduo que pretende saber ler o futuro; previsão. Suas predições só hoje ganham respeito e maior entendimento. Em resumo, pode-se falar da passagem da “modernidade fordista” presente na sociedade e na escola (o fixo, o estável, o padronizado, o homogêneo, a distribuição em massa unidirecional e uniformizante, a configuração fixa de influência e poder, autoridades e metateorias facilmente identificáveis, a idéia de um amanhã a ser construído), para a “flexibilidade pós-moderna” também presente na sociedade e na escola (a fantasia, o imaterial, o fictício, o efêmero, o acaso, a flexibilidade das técnicas de produção e de nichos de consumo, o presenteísmo, a falência das metateorias, o valor da diferença, o desbastamento da figura da instituição estável, o prazer e a diversão).32

    Entre os teóricos do pós-moderno fala-se da era tecnológica atual como fase de empobrecimento de perspectivas, de fechamento de horizontes, de acentuada miséria do pensamento, estando os seres humanos cada vez mais reduzidos ao caráter tecnicista e fetichista da vida. G. Anders33 aponta para crescente debilidade do homem diante do fascínio da técnica. J. Baudrillard diz que “o indivíduo deixou de existir em um relacionamento objetivo, até mesmo ‘alienado’, com seu ambiente. Ele não é mais ‘um ator ou dramaturgo, mas... um terminal de redes múltiplas’, como um astronauta em sua cápsula, através da qual circulam mensagens eletrônicas, controladas por computador. (...) Não sobra nenhum segredo, nenhuma vida interior, nenhuma intimidade. Tudo, incluindo o indivíduo, ‘se dissolve completamente em informação e comunicação’”.34 No ambiente semiótico caótico constituído pela excessividade e instantaneidade da informação e da comunicação, o indivíduo não apresenta autodefesa ou reação à “dissolução de si mesmo”.35

    Por sua vez, F. Tinland36 fala em “homem aleatório”, para definir o indivíduo cada vez mais desarmado para inventar sua rota “em um mundo onde certamente o provisório, o flutuante estenderam sua empreitada” como “revanche da contingência, da eventualidade, das bifurcações e cadeias aleatórias, do complexo sobre o simples, dos sistemas sobre o Sistema, dos fluxos e flutuações sobre os estados e as coisas. (...) Nossa história, a de cada um de nós, a dos coletivos, a da humanidade investida de uma realidade nova pela potência mesma de nossa tecnologia é aventura – aventura do homem aleatório...”37 Cito pelo menos três dos aspectos que, para Tinland,38 configuram a condição do “homem aleatório”: 1) aquele formulado por I. Prigogine, Ilya; Slengers, Isabelle. (A nova aliança),39 “segundo o qual ‘nós nos encontramos em um mundo irredutivelmente aleatório, em um mundo onde a reversibilidade e o determinismo têm a aparência de caso particular, onde a irreversibilidade e o indeterminismo microscópios são a regra’”; 2) a “derrota das filosofias da história, deixando o sujeito a descoberto”; 3) “o crescimento em potência da trama tecnológica, geradora de ameaças proporcionais às esperanças de bem-estar”. Especificamente sobre este terceiro aspecto, observo que o “homem aleatório” tem diante de si a hipermídia, o digital, a cibercultura, e que, sua fundamentação no acaso, pode se dar conta de que a potencialidade do aleatório é bem-vinda porque significa liberdade sem fronteiras, porém pode apenas dispor mais do algoritmo combinatório multimídia e saber menos como potencializar seu horizonte de possibilidades na perspectiva de um presente e de um futuro menos ameaçados.

    No espaço virtual, mais especificamente a comunicação nos chats, “o usuário assume a personalidade que sua fantasia, ou sua psique, lhe propõem. Personalidades diversas, mesmo conflitantes, se preferir. Encontra para cada faceta de sua personalidade um interlocutor conveniente. Sua identidade se fragmenta e se adapta a cada nova situação.”40 Quem se assusta com isso hoje é, por exemplo, R. Cerqueira Leite, para quem:

    um dos valores morais da cultura ocidental é a identidade individual, o caráter, a constância, a palavra dada. A própria honra e a honestidade estão fortemente ligadas a essa unicidade, a essa invariabilidade. Liberando o homem do seu superego, o computador dilui esse valor. Se cada cidadão pode assumir personalidades convenientes, muitas vezes uma multiplicidade delas simultâneas, então a identidade desaparece e o valor que surge será a adaptabilidade, a versatilidade. Não haverá mais ideologias, princípios. (...) Que lealdade podemos esperar de um ego desintegrado em múltiplas personalidades? Que consistência se pode exigir da versatilidade?41

    Anísio não conheceu nada disso, mas antecipou com lucidez e perspicácia a tendência de agravamento da dissolução do sujeito no progresso da mídia. Hoje, na internet, as interfaces, as telas, mais geralmente as próteses (de linguagem, de saber, de inteligência), encarregam-se do indivíduo espectral, dispensando-o da presença corporal e, por conseqüência, de rituais que regulem as oposições dos corpos, evitam-lhe de engajar a totalidade de sua personalidade nas trocas com o outro. Quando não há o contrapeso da educação cidadã antenada, essa nova ambiência comunicacional acarreta a dispensa da lei e da moral, o anonimato manifesta-se como uma anomia percebida não como um sentimento de abandono, mas antes como uma liberação, uma suspensão da responsabilidade e dos códigos sociais.

    Tudo isso está de certa forma antevisto no texto de Anísio, quando este observa que
    o progresso científico conduz o homem nenhum de nós sabe para onde” e que o espírito do anúncio e da propaganda chega ao indivíduo antes de a escola garantir-lhe sustentação identitária como cidadão em seu tempo. Assim, o indivíduo é condicionado a desejar o supérfluo, para atender às necessidades inventadas antes de haver atendido suas reais necessidades. Em suma: “se a educação é cada vez mais fraca, o anúncio e a propaganda são cada vez mais fortes”42

    O objetivo da sociedade “se reduz ao de consumir cada vez maiores quantidades de bens materiais”,43 enquanto o homem é condicionado a inventar necessidades “num delírio de busca ilimitada de falsos bens materiais”.44

    Anísio viu em tudo isso “terríveis mudanças irreversíveis”. Mais: viu com perspicácia a fragilidade da escola e da formação de professores em seu tempo e doravante. Aqui a antevisão é bombástica: “ainda não fizemos em educação o que deveria ser feito para preparar o homem para a época a que foi arrastado pelo seu próprio criador”;45 “na educação comum do homem comum os progressos são os mais modestos”. Eis aí o patético evidenciando-se diante do profético. Em nossos dias estamos talvez mais distantes de realizar a formação do mestre preconizada no início da década de 1960. Ainda não fizemos em educação o que deveria ser feito... Os progressos são ainda modestos. Pode-se falar até em esquizofrenia entre o mundo fora da escola e o modelo hegemônico no sistema de ensino. Quanto à utilização de meios de comunicação, incorporados à sala de aula estes servem sobretudo para solidificar a transmissão instrumental de informações ao permitir, por exemplo, que os alunos vejam uma ameba no tamanho diretamente observável. Patético!

    A pedagogia da transmissão continua implacável a despeito do modismo construtivista que veio valorizar a construção coletiva da aprendizagem pelos próprios estudantes. Já na educação on-line, via internet, cada vez mais valorizada com boas intenções ou como panacéia encobrindo interesses mercadológicos ou mesmo a incompetência na gestão do ensino presencial, prevalece o velho modelo em que o professor é o responsável pela produção e transmissão de pacotes fechados de informações para serem reproduzidas no ambiente virtual. Patético!

    Enfim, prevalece a educação de massa dispensando ao conjunto da população a ser instruída um tratamento uniforme, garantido por um sistema jurídico e um planejamento centralizado. Seu modelo canônico de referência continua sendo o da transmissão para reprodução. Com ressalvas, claro! Refiro-me aos mestres que driblam a lógica da transmissão e conseguem educar. Mas, fora esses, a tendência é a sedimentação de dois tipos de professor, vitimados pelo mesmo sistema: aqueles que se devotaram ao critério do desempenho e aqueles que perderam o viço do início de carreira e paralisaram-se no dever morto da profissão que não ousa mais. Patético!

    A PEDAGOGIA DA TRANSMISSÃO AGONIZA NA CIBERCULTURA

    Pouco se fez para superar a prevalência da pedagogia da transmissão. O resultado desse descaso é a sala de aula, hoje, cada vez mais sem atrativos e alunos cada vez mais desinteressados no seu modelo clássico baseado em memorização e reprodução. As últimas conclusões do Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica do MEC)46 confirmam esse grave problema, que certamente não se restringe ao ensino básico. Sabemos que a pedagogia da transmissão prevalece também na universidade e nos cursos a distância. O próprio Ministério da Educação reconheceu o descompasso entre o modelo tradicional de escola e os recursos informacionais hoje disponíveis no cotidiano dos estudantes. Em destaque, pelo menos duas explicações para o crescente desinteresse pela sala de aula:

    ¢ O professor se sente o todo-poderoso, repete conceitos e não sabe interagir com os alunos; os conteúdos estão distantes da realidade e devem ser decorados e cobrados em provas.

    ¤ A oferta atual de informação e conhecimento é cada vez maior e melhor fora da sala de aula, graças aos novos recursos tecnológicos, em especial a internet e a multimídia interativa.47



    Com Pierre Lévy,48 o filósofo da cibercultura, podemos verificar que o crescente desinteresse pela sala de aula é fenômeno mundial. Ele nos lembra que há cinco mil anos a escola está baseada no falar-ditar do mestre. E diz ainda que hoje a principal função do professor não pode mais ser a difusão de conhecimentos que agora é feita de forma mais eficaz pelos novos meios de informação e comunicação. Para Lévy, a sala de aula baseada na transmissão, memorização e prestação de contas não tem mais centralidade na cibercultura.

    O especialista em educação pela UNESCO Martín-Barbero49 também está atento aos desafios do nosso tempo cibercultural à velha sala de aula. Ele diz que os professores só sabem raciocinar na transmissão linear, separando emissão e recepção. E alerta para o aumento do hiato entre a experiência cultural de onde falam os professores e aquela outra de onde aprendem os alunos.

    De fato, a obsolescência do modelo tradicional de ensino escolar vem se agravando na cibercultura. Na sala de aula presencial do ensino básico e da universidade prevalece a centralidade do mestre responsável pela produção e pela transmissão do conhecimento. Na educação a distância via internet, os sites educacionais, os ambientes virtuais de aprendizagem continuam estáticos, ainda centrados na transmissão de dados, desprovidos de mecanismos de participação, de criação coletiva, de aprendizagem construída. Ou seja, também na educação on-line o paradigma permanece o mesmo do ensino presencial tradicional. O professor-tutor-conteudista é o responsável pela produção e pela transmissão do conhecimento. As pessoas permanecem como recipientes de informação. A educação continua a ser, mesmo na tela do computador conectado à internet, repetição burocrática ou transmissão unidirecional de conteúdos empacotados.

    Cada vez mais imersos na cibercultura, os alunos estarão exigindo uma nova ambiência de aprendizagem. Eles passam a integrar a chamada “geração digital” e estão cada vez menos passivos perante a mensagem fechada à intervenção. Assim, eles migram da tela estática da TV para a tela do computador conectado à internet. Estão mais conscientes das tentativas de programá-los e são mais capazes de se esquivar dessa programação. Evitam acompanhar argumentos lineares que não permitem a sua interferência e lidam facilmente com a linguagem digital. Aprendem que deles depende o gesto instaurador que cria e alimenta a sua experiência comunicacional: interferir, modificar, produzir, partilhar. Essa atitude menos passiva diante da mensagem é sua exigência de uma nova sala de aula. Seja na educação presencial, seja na educação a distância. A propósito, vale lembrar o que dizia Anísio aos mestres de amanhã: “a mocidade está a aceitar a mudança, é verdade que um tanto passivamente, mas sem nada que lembre nossa conformidade. Só conseguiremos restaurar-lhe a harmonia, se conseguirmos construir uma educação que a aceite, a ilumine, e a conduza num sentido humano”.50

    É preciso então reconhecer: até aqui tínhamos os apelos de mestres valorosos como Paulo Freire, Vygotsky e tantos outros enfatizando participação colaborativa, dialógica e multidisciplinaridade como fundamentos da educação, da aprendizagem; hoje temos também o apelo da cibercultura questionando oportunamente a velha pedagogia da transmissão. Doravante, os programas de formação de professores precisarão enfocar questionamentos inadiáveis. Exemplos: Que é cibercultura? Por que a cibercultura convoca o professor a reinventar sua sala de aula?. Como situar participação, dialógica e multidisciplinaridade na sala de aula garantindo a formação cidadã no contexto cibercultural? Como lançar mão do que há de oportuno em cibercultura para favorecer o salto de qualidade necessário em educação? Qual será a principal função do professor na cibercultura, uma vez que o falar-ditar do mestre passa a não ter mais centralidade? A seqüência deste texto busca contribuir para o tratamento dessas questões.

    A CIBERCULTURA COMO NOVO DESAFIO À EDUCAÇÃO

    Cibercultura é o conjunto de técnicas, de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento da internet como novo meio de comunicação que surge com a interconexão mundial de computadores. Para Lévy51, cibercultura é o principal canal de comunicação e suporte de memória da humanidade a partir do início do século 21; é o novo espaço de comunicação, de sociabilidade, de organização e transação da informação e do conhecimento.

    Há um rompimento paradigmático com o reinado da mídia clássica baseada na transmissão em massa. Enquanto esta efetua a distribuição para o receptor massificado, a cibercultura, fundada na codificação digital, permite ao indivíduo teleintrainterante a comunicação personalizada, operativa e colaborativa em rede multidisciplinar.

    A cibercultura emerge com a passagem do computador pessoal (PC) para o computador coletivo (CC), isto é, conectado à internet. O pesquisador da cibercultura A. Lemos vê aqui a passagem do computador apolíneo, individualista e austero ao computador dionisíaco, coletivo, efervescente, multiconectado em rede on-line ou ciberespaço.52

    O computador conectado e a internet criam a nova ambiência informacional e dão o tom da nova lógica comunicacional que toma o lugar da distribuição em massa própria da fábrica, da escola e da mídia clássica (rádio, imprensa e TV) até então símbolos societários. Na cibercultura a produção para a massa cede espaço à produção operacionalizada em redes multidisciplinares definidas por comunidades de interesses.

    A sociedade pode se dar conta dessa transição à medida que experimenta a diferença entre a tela da TV e a tela do computador on-line. A TV, máquina rígida, restritiva, centralizadora tem na tela um espaço de irradiação, de transmissão. Já o computador tem a tela operativa ou interativa, permitindo algo mais que a mera recepção. Isso significa dizer que estaríamos passando do esquema “um-todos” às redes interagentes que se configuram como “todos-todos” e como “faça-você-mesmo”.

    As conseqüências socioculturais que emergem com a cibercultura compõem um cenário muito novo com implicações bombásticas para a educação e para a mídia de massa. Os produtores de TV já perceberam o novo perfil dos espectadores e procuram investir em programações que permitam aos espectadores não apenas a experiência audiovisual, mas também participativa, operativa... Os reality shows são tentativas ainda precárias de participação do público na TV. Na verdade, disputam o público que migra para a internet e, ao mesmo tempo, produzem know how para a TV digital que virá fundir-se com a internet. Quanto aos professores, estes ainda se encontram em sua maioria excluídos da cibercultura por não terem em casa ou na escola um computador on-line. Assim, não têm chance de superação de resistências à tecnologia digital.

    O QUE OS PROFESSORES PODEM APRENDER COM A CIBERCULTURA?

    Insisto na pergunta oportuna de Anísio:53 “Que haverá já hoje que nos possa sugerir o que poderá ser a escola de amanhã?”. Hoje temos a cibercultura. Distanciados dela os professores não se dão conta da mudança paradigmática em informação e comunicação que se opera em nosso tempo. Em síntese, eles perdem ou retardam a urgente percepção de modificações decisivas na informática, na esfera social e no cenário das comunicações:

    ¤ Mudança na tecnologia informática. A tela do computador não é espaço de irradiação, mas ambiente de adentramento e manipulação, com janelas móveis e abertas a múltiplas conexões. As herméticas linguagens alfanuméricas são substituídas pelos ícones e janelas móveis que permitem interferências e modificações na tela. O computador desconectado projetado para o indivíduo cartesiano, solipsista, deu lugar ao computador comunitário, associativo, cooperativo.

    ¤ Mudança na esfera social. Há um novo espectador menos passivo diante da mensagem mais aberta à sua intervenção. Ele aprendeu com o controle remoto da TV, com o joystick do videogame e agora aprende com o mouse. Essa mudança significa emergência de um novo leitor. Não mais aquele que segue as páginas do livro de modo unitário e contínuo, mas o que salta de um ponto a outro fazendo seu próprio roteiro de leitura multidisciplinar. Não mais aquele paciente que se submete às récitas da emissão, mas aquele que, não identificando-se apenas como receptor, interfere, manipula, modifica e assim, reinventa a mensagem. Sinais dessa mudança são os games em rede on-line. Seus roteiros estarão cada vez mais abertos, depositando nas mãos dos jogadores a capacidade de criar, de administrar sua própria aventura.

    ¤ Mudança no cenário comunicacional. Ocorre a transição da lógica da distribuição (transmissão) para a lógica da comunicação (interatividade). Isso significa modificação radical no esquema clássico da informação baseado na ligação unilateral emissor-mensagem-receptor. O emissor não emite mais no sentido que se entende habitualmente, uma mensagem fechada, ele oferece um leque de elementos e possibilidades à manipulação do receptor. A mensagem não é mais “emitida”, não é mais um mundo fechado, paralisado, imutável, intocável, sagrado, ela é um mundo aberto, modificável na medida em que responde às solicitações daquele que a consulta. O receptor não está mais em posição de recepção clássica, ele é convidado à livre criação, e a mensagem ganha sentido sob sua intervenção.

    Toda essa mudança quer dizer cibercultura. É preciso despertar o interesse dos professores para essa nova realidade e, a partir daí, para a construção de uma nova comunicação com os alunos em sala de aula presencial e a distância. É preciso enfrentar o fato de que tanto a mídia de massa quanto a sala de aula estão diante do esgotamento do mesmo modelo comunicacional que separa emissão e recepção. O produtor de TV percebeu que não se pode dar às pessoas somente coisas para ver e ouvir, mas para interagir. O professor pode superar a defasagem à medida que perceber que seus alunos não estão mais no contexto da audiência de massa, mas da audiência interativa. À medida que for assumindo tudo isso, poderá recriar sua autoria em sala de aula. Jamais perder de vista os ensinamentos dos valorosos educadores, mas buscar na cibercultura o ambiente mais favorável à ressignificação de sua prática docente comprometida com a educação cidadã.

    REINVENTAR A AUTORIA DO PROFESSOR

    Desde o Iluminismo a escola é colocada como o lugar privilegiado para a formação da cidadania. Porém há uma dificuldade de base para a realização dessa função social da escola: o modelo de sala de aula baseado no falar-ditar do mestre iluminado e no silêncio nem sempre passivo do a-luno (sem luz). Ressignificar a educação na cibercultura significa superar essa dificuldade. O professor poderá modificar sua atuação em sala de aula investindo em pelo menos três fundamentos inarredáveis em educação:

    ¤ Participação coletiva. Comunicar supõe participar. Participar não é apenas responder “sim” ou “não” ou escolher um opção dada, significa interferir, modificar a mensagem. Participação coletiva quer dizer interação colaborativa, co-criação. Aprender supõe participação ativa na construção do conhecimento.

    ¤ Dialógica. A comunicação é produção conjunta da emissão e da recepção. É co-criação, os dois pólos codificam e decodificam. Assim “A” modifica “B” e “B” modifica “A”. Por isso, Paulo Freire54 diz: a educação autêntica não se faz de “A” para “B” ou de “A” sobre “B”, mas de “A” com “B”.

    ¤ Multidisciplinaridade. A comunicação supõe múltiplas redes articuladoas de conexões e liberdade de trocas, associações e significações. O professor não transmite, ele propõe o conhecimento oferecendo múltiplas informações (em imagens, sons, textos, etc.). Ele oferece múltiplos enfoques disciplinares convocando seus alunos ao trânsito livre, associativo, criativo capaz de gerar novas sínteses entre as disciplinas (inter) e para além das disciplinas (trans).

    Na cibercultura o computador e a internet potencializam esses fundamentos. É preciso enfatizar que a transição da TV para o computador on-line não é apenas uma evolução da técnica. Além disso, temos mudança paradigmática que favorece a expressão desses fundamentos. O chip, o processador baseado no aporte hipertextual,55 tem em sua natureza digital a disponibilização para tais fundamentos. Será preciso, portanto, verificar a validade do hipertexto em educação:

    ¤ O professor precisará se dar conta do hipertexto enquanto escritura não seqüencial, como montagem de conexões em rede que permite e exige uma multiplicidade de recorrências, transformando a leitura em escritura.

    ¤ O professor precisará saber que o hipertexto (mais concretamente o computador, a internet) não vem substituir, mas potencializar seu ofício. Com o hipertexto ele é convocado a passar de mero transmissor de saberes a arquiteto de percursos, formulador de problemas, provocador de interrogações, coordenador de equipes de trabalho, sistematizador de experiências, e “memória viva de uma educação que, em lugar de aferrar-se ao passado [transmissão], valoriza e possibilita o diálogo entre culturas e gerações”.56

    Ou seja, se o professor se dispõe a aprender com o movimento contemporâneo da tecnologia digital, hipertextual, poderá verificar que a migração da TV para a internet significa emergência do novo leitor que não segue as páginas do livro de modo unitário e contínuo, mas salta de um ponto a outro fazendo seu próprio roteiro de leitura; que não mais se submete às récitas da emissão, mas que interfere, manipula, modifica, reinventa a mensagem. É preciso, no entanto, enfatizar: mesmo não havendo tecnologias hipertextuais na sala de aula é possível engendrar essa dinâmica do hipertexto. Pode-se, por exemplo, investir em multiplicidade de nós e conexões, utilizando textos, fragmentos da programação da TV, filmes inteiros ou em fragmentos, gravuras, jornais, música, falas, performances, etc. Nesse ambiente o professor disponibiliza roteiros em rede e oferece ocasião de exploração, de permutas e potenciações (dos temas e dos suportes). Aí ele estimula a co-autoria e a fala livre e plural. Se não há internet, bastaria um fragmento em vídeo para detonar uma intrincada rede de múltiplas conexões com aprendizes e professor interagindo e construindo conhecimento. Mas que fique claro: a tecnologia hipertextual multimídia vem potencializar esse trabalho do professor e do aprendiz.

    Seja na sala de aula inforrica, seja na infopobre, seja na presencial, seja na on-line, o professor não mais transmite, ele disponibiliza. Não mais impõe um conhecimento fechado, mas enseja, urde, arquiteta percursos. Ele oferece múltiplas informações (em imagens, sons, textos, etc.) utilizando ou não tecnologias digitais, mas sabendo que estas, utilizadas de modo interativo, potencializam consideravelmente ações que resultam em conhecimento. Ele enseja, isto é, oferece ocasião de... Ele urde, ou seja, dispõe entrelaçados os fios da teia, enreda múltiplos percursos para conexões e expressões com que os aprendizes possam contar no ato de manipular as informações e percorrer percursos arquitetados. Ele estimula os aprendizes a contribuir com novas informações e a criar e oferecer mais e melhores percursos, participando como co-autores do processo.

    O professor, neste caso, constrói uma rede e não uma rota. Ele define um conjunto de territórios a explorar. E a aprendizagem se dá na exploração – ter a experiência – realizada pelos alunos e não a partir da sua récita, do seu falar-ditar. Isto significa modificação em seu clássico posicionamento na sala de aula. Significa antes de tudo que ele não mais se posiciona como o detentor do monopólio do saber, mas como o que disponibiliza a experiência do conhecimento. Ele predispõe teias, cria possibilidades de envolvimento, oferece ocasião de engendramentos, de agenciamentos. E estimula a intervenção dos alunos como co-autores de suas ações.

    Anísio não conheceu o hipertexto digital, a cibercultura, mas anteviu sua dinâmica. Basta conferir suas sugestões: o professor expõe para os estudantes uma diversidade de abordagens sobre conteúdos de aprendizagem e os convida a apreciar, sentir, rever, discutir, motivando a análise...; ele oferece conteúdos de aprendizagem através dos recursos da televisão, do cinema e do disco para levar todos os jovens a ver e ouvir, desdobrar, discutir e completar.

    Assim se dá a construção da educação cidadã na cibercultura. Assim o espírito do tempo favorece a construção de uma nova sala de aula. Pois, como agora profetiza E. Morin: “Hoje é preciso inventar um novo modelo de educação, já que estamos numa época que favorece a oportunidade de disseminar um outro modo de pensamento”.57

    A par da cibercultura, de suas implicações e possibilidades, o professor estará tentado a ser mais que instrutor, treinador, parceiro, conselheiro, guia, facilitador, colaborador. Ele procurará ser um formulador de problemas, provocador de situações, arquiteto de percursos, mobilizador das inteligências múltiplas e coletivas na experiência do conhecimento. Ele disponibilizará estados potenciais do conhecimento de modo que o aluno experimente a aprendizagem quando participa, dialoga e associa. Por sua vez, o aprendiz deixa o lugar da recepção passiva de onde ouve, olha, copia e presta contas para se envolver com a proposição do professor e, oxalá, com a reinvenção da sala de aula, da educação e, de resto, do nosso tempo.

    CONCLUSÃO

    O amanhã de Anísio chegou e os mestres de hoje caminham pouco na maestria por ele vislumbrada. Muitos negligenciam a TV e outros tantos resistem ao computador e à internet. A TV está no mesmo paradigma da pedagogia da transmissão. Negligenciá-la é surpreendente por isso. Já a tecnologia e a mídia digitais, fundadas em novo paradigma comunicacional, podem de fato intimidar.

    Anísio deslumbrou-se com o potencial pedagógico da televisão, do cinema e do rádio. Ele ainda não tinha meios de questionar o modelo de transmissão próprio dessa mídia. Criticou o professor transmissor, a pedagogia da transmissão, mas não ajudou a questionar esse mesmo paradigma na mídia de massa. Hoje temos claro que essa mídia clássica fixa e reproduz as mensagens a fim de assegurar-lhes maior integridade e alcance, melhor difusão no tempo e no espaço; ela não contempla a participação efetiva do seu usuário; ela não é favorável ao engendramento co-criativo de signos, contentando-se em transportar uma mensagem pronta para a massa, impossibilitando a intervenção física na mensagem, somente a “imaginal”. Temos claro também que, por outro lado, o digital é abundância de montagem, incidindo esta sobre os mais ínfimos fragmentos da mensagem, uma disponibilidade indefinida e incessantemente reaberta à combinação, à mixagem, ao reordenamento dos signos. A menos que seja subutilizada, a informática não se contenta em reproduzir e difundir as mensagens (o que, aliás, faz melhor do que a mídia clássica). Ela permite sobretudo engendrar, modificar à vontade como o demonstra ao extremo a figura do hacker. O digital autoriza a fabricação de mensagens e sua modificação, bit por bit. O hipertexto digital autoriza, materializa as operações [da leitura clássica], e amplia consideravelmente seu alcance, ele propõe um reservatório, uma matriz dinâmica, a partir da qual um navegador, leitor ou usuário pode engendrar seu próprio texto.58

    Aqui poderemos encontrar ambiência favorável à realização da profecia de Morin. Contudo, é preciso assumir: em nosso tempo pouco se tem feito para qualificar o professor à altura da complexidade que nos cerca. Há quatro décadas, Anísio expressou sua sincera inquietação. No entanto, temos que dar nossas mãos à palmatória da sua crítica mais veemente, e repetir: “ainda não fizemos em educação o que deveria ser feito para preparar o homem para a época a que foi arrastado...”; “na educação comum do homem comum os progressos são os mais modestos”.

    Notas

    1 TEIXEIRA, Anísio. Mestres de amanhã. Capturado em 20 fevereiro 2003. Disponibilizado: http://www.prossiga.br/anisioteixeira/artigos/mestres.html. Este texto, disponibilizado na Biblioteca Virtual Anínio Teixeira, foi conferência proferida em sessão do Conselho Internacional de Educação para o Ensino, reunido no Hotel Glória, no Rio de Janeiro, em agosto de 1963, e publicada na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v. 40, n. 92, out./dez., 1963. p. 10-19. Doravante, estarei citando o texto online.
    2 Id. ibid., p. 2
    3 Id. ibid.
    4 Id. ibid.
    5 Id. ibid., p. 7.
    6 Id. ibid., p. 2.
    7 Id. ibid., p. 1.
    8 Id. ibid., p. 2.
    9 Id. ibid.
    10 Id. ibid., p. 1.
    11 Id. ibid., p. 3.
    12 Id. ibid.
    13 Id. ibid., p. 4.
    14 Id. ibid.
    15 Id. ibid.
    16 Id. ibid., p. 3.
    17 Id. ibid., p. 7.
    18 Id. ibid.
    19 Id. ibid., p. 4.
    20 Id. ibid., p. 6.
    21 Id. ibid., p. 7.
    22 Id. ibid., p. 7, 4.
    23 Id. ibid., p. 5.
    24 Id. ibid.
    25 Id. ibid.
    26 Id. ibid.
    27 Id. ibid.
    28 Id. ibid.
    29 Id. ibid.
    30 Id. ibid.
    31 Id. ibid., p. 6.
    32 Cf. COELHO, Teixeira. Dicionário crítico de política cultural São Paulo: FAPESP-Iluminuras, 1997. p. 302.; Cf. também: HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1993. p. 303.
    33 ANDERs, G. Apud. MARCONDES FILHO, Ciro. (Org.). Pensar-pulsar: cultura comunicacional, tecnologias, velocidade. São Paulo: NTC/Projeto Brasil, c1996. 426 p.
    34 Apud KUMAR, Krishan. Da sociedade pós-industrial à pós-moderna. Rio de Janeiro: Zahar, 1997. p. 137; Ver também o capítulo “A implosão do sentido nos media”, de BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e simulações. Lisboa: Relógio d’Água, [s.d.] p. 103-112. (original francês: 1981).
    35 Id. ibid.
    36 TINLAND, Franck. L’homme aleatoire. Paris: Presses Universitaires, 1997. p. 5.
    37 Id. ibid.
    38 Id. ibid.
    39 PRIGOGINE, Ilya; SLENGERS, Isabelle. A nova aliança: a metamorfose da ciência. Brasília: Ed. Universidade de Brasília c1984. 247p. Pensamento cientifico, 20.
    40 GILLAUME, Marc. La contagion de passions: essai sur l’exotisme interieur. Paris: Pon, 1989. p. 39.
    41 LEITE, Rogério Cerqueira. O mediador inteligente e o fim dos princípios. Folha de São Paulo, 22, mar., 1998. Caderno Mais. p.15.
    42 Id. ibid., p. 6.
    43 Id. ibid.
    44 Id. ibid.
    45 Id. ibid., p. 7.
    46 Cf. GOIS, Antônio; CHACRA, Gustavo. Ensino básico tem queda de qualidade. Folha de S. Paulo, 22, nov., 2000. Caderno Cotidiano. p. 1.
    47 Id. ibid.
    48 Cf. LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. Id. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora, 34, 1993.
    49 MARTÍN-BARBERO, J. Cf. Nuevos regímenes de visualidad y des-centramientos culturales. Bogotá (Colômbia), 1998. Cópia reprográfica. Este texto foi traduzido e publicado no Brasil: FILÉ, V. (Org.). Batuques, fragmentações e fluxos: zapeando pela linguagem audiovisual escolar. Rio de Janeiro: DP& A, 2000.
    50 TEIXEIRA, Anísio. (1963) op. cit., p. 7.
    51 LÉVY, P. (1999) op. cit.
    52 LEMOS, A. Cultura das redes: ciberensaios para o século XXI. Salvador: EDUFBA, 2002. p. 55s.
    53 TEIXEIRA, Anísio. (1963) op. cit., p. 5.
    54 FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. p. 98.
    55 MACHADO, A. Máquina e imaginário: o desafio das poéticas tecnológicas. São Paulo: EDUSP, 1993. p. 286. A idéia de hipertexto foi enunciada pela primeira vez pelo matemático Vannevar Bush em 1945. Ele imaginava um sistema de organização de informações que funcionasse de modo semelhante ao sistema de raciocínio humano: associativo, não-linear, intuitivo, muito imediato. Só na década de 1960 é que Theodore Nelson criou o termo para exprimir o funcionamento da memória do computador. “A idéia básica do hipertexto é aproveitar a arquitetura não-linear das memórias de computador para viabilizar textos tridimensionais (...) dotados de uma estrutura dinâmica que os torne manipuláveis interativamente. (...) A maneira mais usual de visualizar essa escritura múltipla na tela plana do monitor de vídeo é através de “janelas” (windows) paralelas, que se podem ir abrindo sempre que necessário, e também através de “elos” (links) que ligam determinadas palavras-chave de um texto a outros disponíveis na memória”.
    56 Id. ibid., p. 23.
    57 MORIN, Edgar. Os países latinos têm culturas vivas. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 5., set.,1998. Caderno Idéias/livros, p. 4.
    58 Cf. LÉVY, Pierre. Inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola, 1998. p. 5.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Software Livre

Vídeos do youTube sobre os Softwares Livres.
Bom, os vídeos que vocês verão abaixo foi de uma entrevista dada por dois Desenvolvedores e colaboradores de softwares livres no programa do Jô Soares.
É interessante que saibemos sobre estes recursos, não apenas por serem livres, mas por serem produto da colaboração de diversas pessoas, o que os tornam mais eficiente e seguros.

A TV Digital interativano espaço educacional

Artigo
SERGIO FERREIRA DO AMARAL
DANIEL MOUTINHO PACATA

Este artigo trata da inserção das novas tecnologias (TV digital e internet) na Educação escolar.Particularmente, no Brasil, as instituições escolares vêm enfrentando todas essas mudanças com crises e contradições: reformas, recursos insuficientes, desmotivação de estudantes e professores, desorientação e incertezas. A tecnologia, de uma perspectiva global, influiu nesta situação mais pelos efeitos que foram gerados do que pela incidência no seu interior. Falta aos educadores capacitação para utilizar estas novas ferramentas. O autor colocar que a introdução da interatividade na TV coloca em crise o modelo capitalista que tem o indivíduo como consumidor passivo, e o tornará um receptor ativo.
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Comentário: A previsão é que em 2013 as transmissões convencionais sejam interrompidas.Uma pergunta: e que não tiver condições de adquirir o decodificador como ficará? Porque uma tv de Plasma ou LCD está e ainda estará inacessível a muitos até lá.

Sergio Ferreira do Amaral é professor na Faculdade de Educação da Unicamp;
Daniel Moutinho Pacata é engenheiro do CPqD Artigo Completo