terça-feira, 13 de novembro de 2007

Políticas Públicas. O que é isto?


Assista ao filme "Quanto Vale ou é por quilo?" Ele retrata a questão das políticas públicas relacionadas aos negros.Conta como foi no passado, na época da escravidão e como as coisas são manipuladas na atualidade.Mostra a inércia social em que vivemos e o sistema mercadológico com base na pobreza.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O Impacto do Desenvolvimento dos Meios de Comunicação na nossa Sociedade

Marcos N. dos Santos
Graduando em Licenciatura em Física pela UFBA

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Resumo: Este artigo analisa os efeitos e as mudanças sobre as relações sociais com o desenvolvimento e popularização das tecnologias de comunicação. Ao mesmo tempo examina os relacionamentos entre os indivíduos inseridos em uma sociedade em que o tempo para os encontros está cada vez mais escasso e perdendo espaço para os bate-papos virtuais. Como suporte a esta investigação, buscou-se na literatura conceitos e características dos ambientes em que as pessoas estão mergulhadas. Investigou-se também se a disseminação das tecnologias de informação afeta diretamente a questão afetiva do indivíduo.


Palavras-Chaves: 1.internet, 2.relacionamento, 3.comunicação, 4.interação


Introdução

Antes da era da internet, dos ciberespaços, antes mesmo do desenvolvimento do telefone, as pessoas ao se relacionarem umas com as outras necessariamente tinham o contato visual, presencial. Haviam trocas de olhares, afetividade. Com a invensão do telefone, houve a possibilidade dos relacionamentos, das trocas de idéais e das conversas serem feitas sem necessariamente ter o contato pessoal. O crescente mercado de trabalho, a correria do dia-dia e a escassez de tempo cada vez maior das pessoas nos grandes centros urbanos levou ao distanciamento pessoal, ao medo de se expor. Com o advento da internet, veio os chats, os e-mails, as comunicações instantâneas e as comunidades virtuais como o Orkut, blogs, fotologs,portais especializados. Porém, segundo MENDONÇA, tal fato também possibilitou o aumento de interação, através destes recursos. Mas o que se questiona aqui, é o fato de não haver a interatividade, o contato pessoal.O filme "Denise está chamando" trata bem esta questão da dificuldade que as pessoas têm para estabeler relações.
Quem também coloca esta questão é Carlos Holbein em seu texto:"o filme denuncia a nossa indelével dificuldade de estabelecer “relações”. Relações reais, não as virtuais que proliferam na Internet ou na cabecinha de jovens que adotaram o lema “ficar com”... No filme, o que se observa é o perverso pacto do jogo do “faz-de-conta”, disseminado cinicamente pelos protagonistas da história. Os personagens bem que ensaiam o definitivo “encontro”. Contudo, ele nunca se realiza por conta das dificuldades de cada um."
Uma coisa que precisa ser analisada é quão afetada está a relação entre as pessoas, a relação homem-mulher, e a questão sexual. Entramos num mundo totalmente informatizado, onde as pessoas, sentadas a maior parte do tempo diante de computadores, refugiam-se em si mesmas, fugindo ao máximo dos possíveis encontros sociais. Apenas se comunicam pelo telefone, conectadas via internet em redes que, no entanto, crescem continuamente.A questão dos relacionamentos virtuais mostra o isolamento das pessoas em seu mundo de faz de conta.
Há pessoas que não têm medo do contato, da relação pessoal. No filme em questão, a protagonista Denise é uma pessoa que não tem receio em conhecer as pessoas, ela busca o contato humano, gosta de um círculo de amigos. Mas estas relaçoes sociais eletrônicas, paradoxalmente, segundo Cynthia Harumy Watanabe Corrêa em seu artigo, ampliou as relaçoes humanas, há uma crescente busca na rede no intuito das pessoas se integrarem em busca de sua identidade, num ambiente de cibercultura. Isto vem sendo construído através das comunidades virtuais.
Segundo Lemos (2003, p.01), a definição de cibercultura pode ser compreendida como a forma sociocultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônica que surgiram com com a convergência das telecomunicaçoes com a informática na década de 70. Analisando a sociedade de antigamente, quando uma notícia era recebidas tempos depois de seu acontecimento, seria possível esta sociedade em que estamos viver sem a tv, sem os podcasts, sem os ambientes de interações virtuais?
Na área da educação estamos inserindo cada vez mais as tecnologias conteporâneas. Porém, isto não vem ocorrendo na mesma velocidade e atuação que em outras áreas. Segundo FILHO (2007),
Creio que o nível de desenvolvimento de nossa sociedade não permitiria retroceder nível de comunicação em que estamos. Com isso, pergunta-se que políticas públicas deveriam ser implementadas no sentido de alcançar a toda sociedade? Segundo GARCEZ (2007, p.01), se a comunicação constrói a cidadania, ela deveria ser tratada como outras áreas da atividade humana que são regidas por políticas públicas definidoras de objetivos e metas e reguladoras do papel dos agentes envolvidos em cada processo. É assim na saúde, na educação, no transporte e em outras áreas. A informação que salva vidas, porém, não é reconhecida como um direito de todos.
Neste processo todo,pode-se talvez afirmar que este avanço nas comunicações veio acentuar a dificuldade que uma parcela da população já apresentava nos relacionamentos.



Referências

- Denise está chamando.(1995).Hal Salwen

- GARCEZ, José Roberto. O direito à comunicação: necessidade de uma
política pública para promover a inclusão social. 2002.

- http://pt.wikipedia.org/

- Interação e Mudanças na Comunicação: o papel da internet na sociedade.MENDONÇA, Marina Alves de, FEITOSA, Luiz Tadeu. http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/biblio/article/view/1494/1155

- FILHO, João Mendes.INCLUSÃO DIGITAL - UM SONHO DISTANTE OU UMA REALIDADE?

- LEMOS, André. Agregações Eletrônicas ou Comunidades Virtuais? Análise das listas Facom e Cibercultura. [S.l.], 2002a. Disponível em: http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/agregacao.htm

- LEMOS, André. Olhares sobre a Cibercultura. Sulina, Porto Alegre, 2003.

-http://www.blogger.com/www.poltronaespecial.pro.br/dezembro.htm

terça-feira, 6 de novembro de 2007

"Como sobrevivemos sem a Internet."

Como foi possível viver sem celulares, sem computadores?
Naquela época, uns 20 anos atrás vivi sem estes recursos e no entanto não sentia falta de nada.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Hipertextualidade e Interatividade

O que dizem...
Lemos


    André Lemos

    Doutor em sociologia pela Universidade Paris V/Sorbonne, professor da Faculdade de Comunicação da UFBA, diretor do Centro de Estudos e Pesquisa em Cibercultura, atual presidente da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação do Brasil/COMPÓS.


    "Ação dialógica entre homem e técnica. Nova forma de interação técnica, de característica eletrônico-digital, difere da analógica. A interação homem-técnica é uma atividade tecno-social. A relação deixa de ser passiva ou representativa, passando a ser ativa e permitindo inclusive a relação inteligente entre máquinas inteligentes sem a mediação humana."

    SITE:
    http://www.facom.ufba.br/hipertexto/
    http://www.icoletiva.com.br/icoletiva/secao.asp?tipo=entrevistas&id=43
    http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/lemos/artigos.html
    http://ctjovem.mct.gov.br/index.php?action=/content/view&cod_objeto=9680

Levy



    Pierre Levy

    " O hipertexto é um conjunto de nós por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos ou parte de gráficos, sequências sonoras, documentos complexos, que eles mesmos podem ser hipertextos. Navegar em um hipertexto significa portanto, desenhar um percurso em uma rede que pode ser tão complicada quanto possível. Porque cada nó pode por sua vez, conter uma rede interna. (Levy,1993, p.33)"

    "Interatividade é a disponibilização consciente, a fim de promover mais e melhores interações, admitindo interrupções e reorientações do fluxo informacional em tempo real."

    LIVROS:

    As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. 1. ed. Lisboa: Instituto Piaget, 1992. 263 p.
    As árvores de conhecimentos. São Paulo: Escuta, 1995. 188 p. (em co-autoria com Michel Authier)
    O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996. 160 p.
    A máquina universo: criação, cognição e cultura informática. São Paulo: ARTMED, 1998. 173 p.
    Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. 260 p.
    A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2000. 212 p.
    A Conexão Planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo: Editora 34, 2001. 189 p.

    SITES:

    http://www.novae.inf.br/nomes/pierrelevy.htm
    http://www.novae.inf.br/exclusivas/pierrelevy.htm
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_L%C3%A9vy
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u859.shtml

Ramal



    Andréa Cecília Ramal


    Doutora em Educação - PUC-RJ

    Pesquisadora do Centro Pedagógico Pedro Arrupe

    “Acredito na possibilidade de que o hipertexto contemporâneo – construído na soma de muitas mãos, e aberto para todos os links e sentidos possíveis - seja uma versão dessa polifonia que Bakhtin procurava; e na escola, uma possibilidade para construir uma sala de aula aberta à pluralidade de vozes, à construção coletiva, à partilha das interpretações, à democracia da palavra.”

    "Creio que o computador vai substituir o professor. Estou falando, é claro, do professor-transmissor de conteúdos, parado no tempo, aquele das conhecidas fichas que serviam para todas as turmas, ano após ano. Aquele que pensava que, mesmo apresentando as coisas de maneira maçante e tradicional, trazia novidades para pessoas que não sabiam quase nada. Essa transmissão de dados passará a ser feita pelo computador de um modo muito mais interessante: com recursos de animação, cores e sons; o aluno terá papel ativo, buscando os temas em que deseja se aprofundar. Algo excluído há muito tempo do currículo entrará na escola: a própria vida do estudante. Então caberá a nós reinventar a nossa profissão."

    Livros:
    RAMAL, Andrea Cecília.História de gente que ensina e aprende. EDUSC:São Paulo, 1999.
    RAMAL. Andrea Cecília. Educação na Cibercultura. Artmed: São Paulo, 2002.

    Sites:
    http://www.idprojetoseducacionais.com.br/artigos/Avaliar_na_Cibercultura.pdf
    http://www.idprojetoseducacionais.com.br/artigos/professor_proximo_milenio.pdf
    http://www.idprojetoseducacionais.com.br/artigos/Ler_e_escrever_na_cultura_digital.pd

Silvaft



    Marco Silva

    "O hipertexto se apresenta então como novo paradigma tecnológico que liberta o usuário da lógica unívoca, da lógica da distribuição, próprias do sistema mass-mídia predominante no séc.XX. ele permite a reinvenção da própria natureza e materialidade das velhas tecnologia informacionais em novas tecnologias informatizadas convencionais. Ele democratiza a relação do indivíduo com a informação, permitindo que este ultrapasse a condição de consumidor, de espectador passivo, para a condição de sujeito operativo, participativo e criativo.pode-se dizer que o hipertexto é o grande divisor de águas entre a comunicação massiva e a comunicação interativa. É essencialmente um sistema interativo e materializado no chip, ele faz deste o ícone por excelência da complexidade em nosso tempo."

    "Na era da interatividade ocorre a transição da lógica da distribuição (transmissão) para a lógica da comunicação (interatividade). Isto significa modificação radical no esquema clássico da informação baseado na ligação unilateral emissor-mensagem-receptor.O emissor não emite mais no sentido que se entende habitualmente, uma mensagem fechada, ele oferece um leque de elementos e possibilidades à manipulação do receptor. A mensagem não é mais “emitida”, não é mais um mundo fechado, paralisado, imutável, intocável, sagrado, ela é um mundo aberto, modificável na medida que responde às solicitações daquele que a consulta. O receptor não está mais em posição de recepção clássica, ele é convidado à livre criação e a mensagem ganha sentido sob sua intervenção."

    Livros:
    SILVA, Marco. Educação Online,2003.
    SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro. Quartet Editora, 2000

    Site:
    http://www.saladeaulainterativa.pro.br/
    http://www.senac.br/informativo/BTS/272/boltec272e.htm
    http://www.icoletiva.com.br/icoletiva/secao.asp?tipo=entrevistas&id=40
    http://www2.uerj.br/~emquest/emquestao08/aulainterativa.htm
    E-mail: marco@msm.com.br.